Por Layla Reis
E se, de repente, sua vida inteira fosse uma mentira? E se seus pais não fossem seus pais, se sua casa não fosse sua casa e se você não fosse você? Pois bem, à todas essas perguntas cujas respostas pareciam impossíveis, Percy Jackson foi obrigado a responder, porque ele, sobre todos os efeitos, descobriu não ser quem pensava e conheceu, acima de tudo, um novo mundo.
Um dos assuntos mais fascinantes de História é, sem dúvida, para grande parte dos estudantes, a Mitologia Grega. Quem nunca ouviu falar sobre a Caixa de Pandora, os Olhos de Medusa ou sobre o Minotauro? E quem nunca imaginou o gosto das Maçãs de Ouro, ou da Ambrosia? Infelizmente ou felizmente, o jovem Percy Jackson, um adolescente problemático, depois de passar por muitos internatos e instituições de ensino, descobre que esse era o seu mundo: ele era filho de um deus grego.
Disléxico, bagunceiro e com um ímã para encrencas, Percy passou, até a maior descoberta de sua vida, por situações inacreditáveis, como a em que sua professora, Sra. Dotts, transformou-se em sua frente, num enorme monstro mitológico, e ninguém além dele lembrava dela ter ensinado no internato onde ele estudava. Cabe aqui citar também, o que precedeu tal descoberta, ou seja, o dia em que o Minotauro invadiu sua casa, na tentativa de matar sua mãe, e ele o matou com seu próprio chifre, e após essa aventura, Jackson acorda no Acampamento Meio Sangue, onde ele achou o seu lar.
O Acampamento comporta, dentre outros, filhos de deuses e semideuses, os quais eram divididos de acordo com seus pais em chalés, e foi assim que Percy descobriu ser filho de um dos três grandes, filho do deus da água, Poseidon. Abrigado no Chalé de número 3 que possuía cheiro de praia e era, segundo demais filhos do deus, extremamente confortável. Tudo ia muito mais que bem para Percy: ele havia encontrado outras pessoas que, como ele, atraíam confusões; também havia descoberto habilidades únicas em si mesmo; além de tudo, havia feito amigos e se sentia, enfim, locado.
Tristemente, sua felicidade chega ao fim quando ele é tido como culpado pelo sumiço de arma mais poderosa de Zeus, o Raio Mestre. Portanto, a ele foram dados dez dias para recuperar o raio, e, caso contrário, Zeus, o deus dos deuses, declararia guerra contra o pai de Percy, Poseidon. E então, para conseguir provar sua inocência, ele reúne dois amigos para uma missão no submundo: Annabeth, uma filha de Atena, e Groove, seu antigo amigo de escola que se revelou um sátiro. Assim, durante este período, o trio enfrenta diversas aventuras mitológicas, dando de cara com diversos monstros como Medusa, além de receberem de Ares, deus da guerra, um escudo, e de caírem em uma armadilha de Hefesto, o deus dos ferreiros.
A falta de sorte não termina por aí: eles ficam presos no Lotus Hotel, um estabelecimento mágico onde os visitantes são trancados por dias sem notar o passar do tempo, o que ocasionou ao fato de que o grupo só chega ao seu destino, faltando 1 dia para o prazo final. Lá, Percy confronta Hades, o deus do submundo, descobrindo que este havia raptado sua mãe e que ele também acusava Percy de ter roubado o Raio e, além dele, o Elmo de Hades. Em meio à discussão, o meio sangue descobre que quem roubou a arma havia sido Hades. Dessa forma, os três usam um presente que ganharam de um espírito da água para fugirem do submundo, contudo, Percy deixa para trás a sua mãe.
Para salvá-la, eles retornam ao submundo, onde Jackson entra em uma batalha contra Ares, o qual percebe a inocência do garoto. Percy devolve o Raio Mestre e tudo é resolvido e perdoado. Entretanto, num certo dia, Luke, amigo de Percy, o chama para uma caçada, e quase o mata com um escorpião das profundezas do tártaro, espécie extremamente venenosa. Nesse momento, uma verdade é revelada a Percy, e por conta disso, ele, depois de ser curado, decide sair do Acampamento Meio Sangue para, no próximo verão, voltar e treinar para vingar-se.
“Percy Jackson e o Ladrão de Raios” é uma obra do autor Rick Riordan, extremamente famosa entre adolescentes. O livro é, sem sombra de dúvida, capaz de prender o leitor e puxá-lo para dentro do universo mitológico de Percy. Uma obra cuja narração é muito bem trabalhada e consegue fazer todo leitor imergir na trama, por ser de fácil compreensão e ao mesmo tempo engraçada. As aventuras de Jackson são únicas e Riordan proporciona aos leitores experiências muito diferentes de quaisquer outros livros de fantasia existentes, afinal, não é em todo livro que o cenário de New York se mistura ao cenário do Olimpo.
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